EUA acusam a Rússia de interferir nas eleições e impõem novas sanções.

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Peter Klaunzer / Getty Images

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou criminalmente, nesta quarta-feira (4/9), o meio de comunicação estatal russo RT e seus funcionários de implementarem um suposto esquema que buscava direcionar uma empresa norte-americana a disseminar materiais favoráveis à Rússia e interferir nas eleições presidenciais que ocorrerão dia 5 de novembro no país norte-americano.

O procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, disse que o “círculo interno” do presidente russo Vladimir Putin orientou empresas de relações públicas russas a promoverem desinformação “como parte de um programa para influenciar a eleição de 2024” para presidente nos EUA.

Garland ainda afirmou que o povo americano “tem o direito de saber quando uma potência estrangeira está tentando explorar nosso país para espalhar sua própria propaganda”.

Segundo investigações, a RT e seus funcionários implementaram um esquema de quase US$ 10 milhões para direcionar uma empresa sediada no Tennessee a contratar influenciadores de mídia social baseados nos EUA para disseminar conteúdo “considerado favorável ao governo russo”.

O Departamento de Justiça apreendeu 32 domínios de internet supostamente utilizados pelo governo russo “para se envolver em uma campanha secreta para interferir e influenciar o resultado das eleições do nosso país”.

O procurador ressaltou que a Rússia não é a única potência mundial que tem tentado influenciar no resultado do pleito. “A mensagem do Departamento de Justiça é clara: Não toleramos tentativas de regimes autoritários de explorar nosso sistema democrático de governo. Seremos implacavelmente agressivos, encontrando e interrompendo tentativas da Rússia e do Irã, bem como da China ou de qualquer outro ator maligno estrangeiro de interferir em nossas eleições e minar nossa democracia”, disse Merrick Garland.

Sanções

Além das acusações apresentadas, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou sanções contra a editora-chefe da RT, Margarita Simonovna Simonyan, e mais nove pessoas que trabalham na rede, devido ao que chamaram de esforços para interferir na eleição presidencial de 2024.

O Tesouro afirmou que, a partir do início de 2024, os executivos da RT iniciaram um “esforço nefasto para recrutar secretamente influenciadores americanos desavisados ​​em apoio à sua campanha de influência maligna”.

As autoridades classificaram Simonovna Simonyan como uma “figura central nos esforços de influência maligna do governo russo”.

Os outros nove funcionários incluídos nas sanções são a editora-chefe adjunta da rede, Elizaveta Yuryevna Brodskaia, o editor-chefe adjunto Anton Sergeyvich Anisimov, Andrey Vladimirovich Kiyashko e Elena Mikhaylovna Afanasyeva.

Fonte: Metropoles

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